quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

CRIE SEU CLUBE DE LEITURA

Colaborando para Criação de Clubes de Leitura.

Encontrei esta matéria muito saborosa e repliquei aqui na íntegra, como forma de preservar todas as informações importantes para os interessados em criar seu "Clube de Leitura" no seu bairro, na sua comunidade, etc...A imagem abaixo (GIF) talvez não apresente títulos que você curta ou aprecie, não importa...Busque seu repertório, faça leituras deleite, convide amigos, parentes. Vamos ler!CLUBE DA LEITURA EMEF PROFESSORA MARILI DIAS

Como criar um Clube de Leitura

Sem mistérios, um clube de leitura é um evento social que propicia às pessoas trocarem experiências literárias. A princípio, é uma conversa informal que gira em torno desse tópico comum, um livro preferencialmente já lido pelos demais integrantes do grupo.
Existem inúmeras formas de organizar um clube de leitura; abaixo indicarei algumas páginas que contem informações importantes a respeito. Suponhamos que queiras formar um clube, por que se dar ao trabalho?
  1. Porque é algo social. As pessoas tendem a cumprir melhor suas metas quando tomadas em conjunto, porque, digamos, o espírito de grupo as motiva mais do que se seguissem sozinhas.As médias de leitura no Brasil são baixíssimas e o simples ato de entregar livros às pessoas nada resolverá; é preciso gerar estímulo, não restringir-se à leitura como um passatempo entre tantos outros. Os clubes de leitura tornam os livros numa fonte de relação entre indivíduos.
  2. Porque é uma experiência intelectual. Além do ato de ler, a expectativa de um clube de leitura gera a reflexão sobre aquilo que se leu. As impressões e os pensamentos acerca das obras se tornam mais claros com a necessidade de expressão exterior. E mais do que isso. As conversas revelam pontos de vista e possibilidades de leitura que uma pessoa sozinha não teria, o que só faz engrandecer o entendimento que cada um tem das obras que foram compartilhadas.
  3. É divertido, gostoso mesmo de se participar. Quando o clube é bem conduzido as pessoas saem mais leves, mais felizes por terem interagido. Quem não se sente um pouquinho melhor quando tem à sua frente um grupo que lhe presta atenção? E é assim com cada participante. Se um clube é bom, a primeira frase que se ouvirá tão logo termine um encontro será: “Não vejo a hora do próximo clube”.
Ficaste com vontade de montar um clube? Primeiro, sabe que não é demasiado complicado e que pessoalmente recomendo te juntares a um grupo pré-existente. Digo isso para que possas te testar, ver quais são os rumos que uma conversa pode tomar, que tipos de pessoas hás de encontrar e, sobretudo, para que tenhas assiduidade nas leituras e nas discussões.
A maioria dos grupos precisará da figura de um moderador ou de uma moderadora. Essa figura de nenhum modo é responsável por censurar os integrantes do clube nem dizer o que ali é certo ou errado. Não existe certo ou errado num clube de leitura, não se deve tolher a participação do outro nem acanhá-la. O objetivo é justamente deixar todos à vontade para se expressarem.
No entanto, o moderador será útil em muitas ocasiões. Ele é geralmente a pessoa mais empolgada com o clube e quem se esforçará mais para manter o grupo unido. Portanto, é de suma importância que esse indivíduo seja responsável e assíduo, para que o clube não se desfaça sem essa referência.
Nos países de língua inglesa os clubes de leitura têm grande tradição e difusão. Através de iniciativas individuais, bibliotecas, instituições de ensino, meios de comunicação de rádio e estrelas de televisãograndes livrarias e até editoras estimulam a criação e manutenção de clubes, inclusive com o oferecimento de parcerias e guias de como montar tais grupos. (No final da página listarei de novo todos os endereços desses manuais, todos em inglês).
Já no Brasil o processo ainda está em evolução. Quem tem feito uma boa iniciativa nesse sentido é a recém fundida Penguin-Companhia das Letras, que conta com um programa de clubes de leituraespalhados por várias cidades brasileiras, nos moldes da Penguin internacional.
Então, vamos montar um clube? Divido em três os aspectos principais que deverás pensar bastante e com antecedência. São eles: o evento, as pessoas e as conversas.
1. O evento:
No evento incluo tudo que diz respeito à parte organizacional do clube. Será público? Privado a um grupo de conhecidos? Onde será? Será virtual? Será na casa de alguém, num espaço público ou privado? Esse lugar aceita o recebimento do grupo? Quando será? Que dia e horário são mais viáveis? Qual o propósito do clube e que gêneros de livros serão lidos? Pois existem clubes dos mais variados, dos mais comuns, que são livros de ficção adulta, a clubes voltados exclusivamente para determinadas áreas do conhecimento ou para livros infantis.
Além disso, como funcionarão os encontros. Haverá espaço para todos? Haverá divulgação? Haverá limite de tempo? Com que frequência se realizarão? Disponibilizar-se-á comida, bebida? Quem arcará com os custos? Como se conseguirão os livros? Esse é um ponto importante, pois a compra de livros poderá sair cara para a maioria dos participantes e muitas cidades do Brasil ainda sofrem com a carência até de bibliotecas.
Tudo isso deve ser levado em conta para tornar o clube mais atrativo e acessível às pessoas. E em todas essas questões será bom consultar a opinião de outros.
2. Os participantes:
Caso já se tenha amigos e conhecidos interessados em leitura, tanto mais fácil. Se desejas criar um evento aberto ao público, será mais interessante começar com umas poucas pessoas amigas dos livros e aos poucos expandir para aqueles que lhes são mais arredios. Não te preocupes, assim que o clube estiver bem encaminhado e ele conseguir contentar seus participantes, então outros integrantes serão atraídos para ele, mesmo que de início não sejam ávidos leitores.
Podes procurar pessoas com interesse em comum pela internet. Em português já existe uma rede social para clubes de leitura e há outras tantas focadas no público leitor, como Goodreads e Skoob. Basta procurar ali pessoas próximas a ti e ver no que dá. Ou pode-se também – aliás, deve-se – divulgar a ideia nos meios que estiverem disponíveis: Facebook, blogues, boca-a-boca… Tudo deve ser tentado, pois a parte mais trabalhosa é montar esse primeiro grupo coeso e interessado, para que se torne interessante a ponto de atrair os demais.
Outra forma de se conseguir integrantes é contar com o apoio de alguma instituição ou empresa. Por exemplo, bibliotecas, livrarias, cafés ou empresas das mais variadas, todos têm um público habitual e grande exposição. Se propores uma parceria, podes oferecer a iniciativa e eles poderão em troca te oferecer divulgação ao público.
Esse tipo de acordo é vantajoso a ambas as partes, mas tenhas cuidado com imposições por parte desses lugares. Não concordes com aquilo que não te sentes confortável. Se alguma associação te parece estranha, tenta em outro lugar. E é crucial que esse lugar esteja pronto para receber os integrantes do clube de leitura à hora e no dia marcados. Para atrair mais pessoas um clube precisa ser rígido em sua organização externa, no sentido de apresentar segurança e ordem ao público, ainda que flexível em sua organização interna. Trato disso no próximo tópico.
3. As conversas:
Tu, como futuro moderador e cidadão, percebes que há inúmeras formas de uma conversa desandar. Agressividade, crítica destrutiva, solipsismo, ensimesmamento, descaso… são todos componentes das relações humanas que podes e provavelmente irás encontrar ao longo desse clube em andamento. Porém, se fores mesmo o moderador, terás como tarefa reconduzir a conversa para fins produtivos e prazenteiros.
A princípio, parecerá desarrazoado indicar aqui a leitura do livro Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie. Não se veja aqui o termo “influenciar” de forma meramente negativa; somos capazes de também influenciarmos alguém positivamente e é assim que deves trabalhar.
Um caso típico é o daquela pessoa que monopoliza a conversa, surda às opiniões dos outros e a forçar as suas o tempo inteiro. Nessa situação é aconselhável não cortá-la com bruteza, muito menos mandar-lhe “calar a boca”. Aí a melhor estratégia parece-me de procurar reinserir o grupo com alguma fala do tipo: “Certo, Fulana, essa é uma opinião interessante. Ciclana, o que você acha disso e daquilo?”.
Ser moderador envolve sobretudo jogo de cintura. O maior desafio é deixar a todos confortáveis para expressarem-se e instigá-los a participarem sem ter também o monopólio das falas. O moderador deve ter tanta participação quanto os demais integrantes do grupo.
Haverá momentos de timidez e haverá silêncio. Nessas horas te servirão perguntas e observações feitas de antemão para o clube, pois os assuntos tendem a se esgotarem com o passar das falas e são necessárias pequenas intervenções para revigorar o ânimo da discussão. Ao leres o livro, pensa já em questões que te interessam e que poderiam interessar aos demais. O que será que acharam de determinado personagem? Como certa cena encaixa-se no conjunto do livro? Há alguma mensagem na obra, o que acharam dela?
Caso faltem ideias, muitos sites de editoras fornecem tópicos de discussão. Informa-te, conduze pesquisas, prepara-te para possíveis perguntas, mas não te aches na responsabilidade de saber tudo sobre os livros que lerem. Se tudo soubesses o clube te seria inútil. O clube não é lugar de lecionar, é lugar para dialogar, pensar juntos.
E prepara-te para aceitar aqueles que não cumprirão as leituras. Não os deixes desconfortáveis, pois isso os desestimulará a voltarem. Pelo contrário, dize que é compreensível e ressalta os benefícios de concluir as leituras, pois os argumentos serão melhor baseados e o prazer de saber do que os outros falam será maior.
Se lês inglês, todos os guias que listo abaixo mostrar-se-ão úteis. Mas tem cuidado: não sejas inflexível. O clube, enquanto evento social, deve representar a vontade do grupo. Talvez teu plano inicial seja ler apenas ficção, então o grupo sugere uma biografia ou um livro de História. Se isso for melhor para o grupo, usa de flexibilidade. Podes ir longe a ponto de o clube ter seu próprio estatuto, contudo isso me parece exagerado. Para mim o objetivo geral de um clube de leitura é tirar o melhor e o máximo de cada livro.
Uma vez que o clube esteja em andamento e com bom funcionamento, essas indicações serão mais um hábito de boa convivência do que regras propriamente ditas. E em se tratar de pessoas encontrarás questões que nem o mais experiente é capaz de prever.
Meus últimos conselhos são estes: nunca desistas, nunca desistas, nunca desistas. Verás que as pessoas são dadas a faltar seus compromissos e te surpreenderás que até mesmo as mais empolgadas são passíveis de mudar subitamente de atitude. Mas não desistas! Segue tua iniciativa com prazer e entusiasmo. O pior que pode acontecer é teres lido um livro e, convenhamos, isso já é muito bom.

REDE DO CUIDADO (Curso Imperdível)

A rede

PEDAGOGIAS DO BEM-CONVIVER
Há muitas buscas importantes no mundo para que nós, seres fraturados desde as origens e fragmentados na modernidade, possamos harmonizar criativa e sustentavelmente a humanidade e universos.
Os Quechua e Aimara chamam de Sumak Kawsay, os cristãos de Reino de Deus, os Guarani de Yvy Marañey…
O planeta e a humanidade aguardam ansiosamente filosofias e sabedoria de mais ternura criativa e de menos arrogância destrutiva.
Vamos pensando e fazendo mais do que o apenas possível.
 HÁ UM SABOR DE POESIA E ENCANTAMENTO NO BEM CONVIVER.
E venham os pedagogos e pedagogas da ternura, e se acheguem arte-educadores e arte-educadoras. Somos nós. Somos muitos. Seremos sempre mais.
‘Una mano, mas una mano, no son dos manos, son manos unidas. Une tu mano a nuestras manos para que el mundo no esté en pocas manos, sino en todas las manos’ (Gonzalo Arango).
Para tecer as redes do cuidado, vamos buscar os fios do encantamento, do diálogo, do bem conviver, da fraternura, da cidadania, da cultura de paz, da solidariedade, dos sonhos brasis, da arte, da música, da dança, das histórias, dos jogos, da cooperação.
Na circularidade das rodas todas, teimosia da humanidade comunitária, buscamos inspiração para uma pedagogia transformadora. E vivam as rodas de ciranda, os círculos de cultura, as danças sagradas que fazem circular o sangue vital da humanidade com a alma repleta de chão e corpo invadido de infinito.

Uma História fazendo escola

Somos aprendentes. Estamos na ESCOLA DO CUIDADO. Uma escola que está em todo canto em que o encanto não desapareceu. Entre nós há quem tenha feito bodas de prata de formação pedagógica. Já fizemos arte transitando em campo aberto e em apequenados espaços da cidadania negada.                                                E faremos mais. Não descansaremos diante das anestesias que adormecem a sociedade.                                    Queremos cantar canções que acordem os adultos e embalem as crianças.                                                Aprendemos na Escola das redes em tessitura, das rodas brincantes, dos jogos circulares, das cantigas          populares, das cirandas e danças sagradas dos povos, das histórias que se contam e encantam, das vivências transformadoras, da vida em itinerância.                                                                                                        E os jardins da vida não vão ser devastados pela frieza dos poderes que se bastam.
Equipe:


UM COLETIVO EM BUSCA DAS PEDAGOGIAS LIBERTADORAS

Pela Cidade em busca de novos paradigmas

Somos uma comunidade de vida. Um grupo de aprendentes. Um coletivo da educação. Uma rede de educadoras e educadores populares.

Com saberes plurais, com sabores e temperos diversos vamos contribuindo para que avancem as pedagogias da indignação, da ternura, do direito, do cuidado, da solidariedade, para que o mundo não fique como está, nesta feiúra com ares de espetáculo.

Nós podemos mais. Vamos lá fazer o que será (Gonzaguinha)

                                                            


Curso

Pedagogia do Cuidado: transformar-se para transformar
Curso Vivencial de Educação e Linguagens Culturais
Carga Horária:
  • 36 horas de estudos pedagógicos vivenciais
Data e local:
  • de 1º a 3 de março de 2014
    no Sítio Yvyeté | Acampamento Pedagógico
    Rua Alberto Consoline, 7
    Bairro Moenda 2
    Itatiba | SP
Abordagens:
  • Antropologia da Infância
  • Subjetividades Pedagógicas
  • Alteridade e Educação Libertadora
  • Ética do Cuidado e Educação
Linguagens:
  • Contação de Histórias
  • Rodas Brincantes
  • Jogos Cooperativos
  • Danças Circulas Sagradas
  • Cantigas Populares
  • Narrativas dos Povos e Mitos
Investimento:
  • R$ 250,00
    (inclui material didático e alimentação)
Inscrição:

CASA ARRUMADA

donamocinhadobrasil.blogspot.com
Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.
Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:
Aqui tem vida...
Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.
E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.
Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.                         Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante, passaporte e vela de aniversário, tudo junto...
Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...
Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca
ou namora a qualquer hora do dia.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
villapano.blogspot.com
Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.

Casa Arrumada -  Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Garimpando Autores por aí...


Então... É só com o vizinho do lado
(Maria Inês Simões)

Cortaram a energia eléctrica,
 fornecimento de água... 
O esgoto fica no vaso. 
Mas para que o descaso? 
É só com do vizinho o atraso.
O cachorro late dia e noite. 
Deve ser fome, coitado... 
Mas o que é que tem??? 
É só com o vizinho... Amém!!!
A criança corre de medo... 
E não faz nenhum segredo... 
Quando come... Se almoça não janta... 
No frio se veste de folhas... 
Pegadas nas ruas... 
Frutas só em jornais... 
Aponta... “Olha o brinquedo!!!"... 
Não liga... É só com o vizinho o enredo.
A solidão é sentida... 
Na lamparina da madrugada... 
Na voz que sussurra...
 “Amiga... Isso passa... Não é nada!!!”. 
É só do vizinho a jornada.
Ele foi abatido... 
Falta emprego... 
Falta saúde... 
Falta dinheiro... 
Falta comida... 
E quem se importa com animal adestrado??? 
A ser indiferente, em seu próprio guisado... 
Mas... Então... 
É só com o vizinho do lado.
 
Moralidade... No final tudo dá certo?...
(Maria Inês Simões)
 
 
Na época dos reis, rainhas, moral, histórias e afins...
 
“Certo dia um rei passeando no jardim, ao lado de sua rainha, observou através de seu vestido transparente e esvoaçante, uma marca acima da mama... A marca lembrava um ato extraconjugal (uma chupada não real). O rei aparentemente constrangido reuniu seus conselheiros, na tentativa de obter ajuda e descobrir quem seria o secreto amante de sua soberana.
 
Após ouvir seus guias, aprovou a idéia de aproximar uma de suas conselheiras, para que esta se tornasse amiga íntima da rainha, e após ouvir as confissões da traidora, a escolhida a dedo contaria ao rei a história real da marca, acima da mama da sua primeira dama...
 
E assim chegamos ao quase final desta narrativa, rápida e esclarecedora.
 
A criada escolhida a dedo tornou-se amiga inseparável da esposa do rei. E descobriu, entre risos e confidências, que a chupada tinha sido executada em instantes frenéticos em busca de um orgasmo certeiro e traiçoeiro, entre rainha x mosqueteiro.
 
Porém, o inevitável havia acontecido... Em uma das partes, a amizade verdadeira se concretizou, e, só o fato de imaginar que a rainha poderia ser executada, a serva se arrepiava...
 
Chegando à hora de revelar o segredo, a criada escolhida a dedo já tinha tomado uma decisão, e relatou ao rei a sua versão sobre a origem da marca...
 
- Aconteceu assim meu rei: estava a rainha passeando pelo jardim dos bichos e alimentando os tucanos reais, de repente uma das aves atacou a realeza, bicando acima do peito real. Deixando a tal nódoa...   E, causando esta confusão e contusão além do normal.
 
O rei chamou a rainha, a qual relatou o outro lado da informação que até então...
 
- Meu rei... Fiz exatamente como me ordenou... Contei a conselheira os fatos que o senhor criou... Sobre a traição, o mosqueteiro... Enfim... Se ela resolveu ter pena de mim. Agora então é outra história que também merece ter um fim.
 
E o rei decretou:
 
- Na ciência de fatos passados, ninguém, a não ser o rei pode criar o que existe e o que não existe por todos os lados. Quanto a conselheira, serva, criada infiel... Mentirosa, traiçoeira que seja enforcada, sem mais histórias... Sem direito e sem nada”.
 

 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Porque contar é preciso!

Neste sábado e domingo aconteceu o 1º Encontro de Contadores de Histórias de Sampa...
Estive lá para conferir, vivenciar e experimentar o sabor do encontro, das conversas, das cantorias...
Este encontro foi organizado pela Cia Paidéia de Teatro.

Na companhia de Salvador, Silvânia e João Mário, saboreamos as Oficinas e depois a deliciosa comida do Mercado Municipal de  Santo Amaro...O que as histórias fazem conosco...Nos arrastam pelos quatro cantos da cidade, para ver, ouvir e contar...

O Pobre Cocozinho...

O JARDINEIRO E O COCÔ


Era uma vez um cocô. Um cocozinho feio e mal-cheiroso, deixado no meio do pasto de uma quinta. Coitado do coco! Desde que aparecera no mundo que tentava conversar com alguém, fazer amigos, mas quem passava por ali não queria saber dele:
- Blargh! Cheira mal! - diziam as crianças.
- Cuidado! Não pisem essa porcaria! - avisavam os adultos.
Um dia, vendo um homem aproximar-se dele pensou: “Mais um que vai gozar comigo”.
No entanto, o homem foi-se aproximando com um sorriso aberto no rosto e quando chegou perto do coco exclamou:
- Mas que maravilha! Que belo coco! É exatamente o que eu estou a precisar!
Esse homem era um jardineiro. E usando uma pá, com muito cuidado, levou o coco para um lindo jardim. Ali, acomodou-o na terra, ao pé de uma roseira.
Alguns dias depois, o cocozinho percebeu, feliz e orgulhoso, que tinha sido graças à sua força que uma magnífica rosa vermelha tinha brotado na roseira


O Pobre Cocozinho...


Ilustração: Biry Sarkis
Era uma vez um cocô. Um cocozinho feio e fedidinho, jogado no pasto de uma fazenda. Coitado do cocô! Desde que veio ao mundo, ele vinha tentando conversar com alguém, fazer amigos, mas quem passava por ali não queria saber dele:
- Hum! Que coisa fedida! - diziam as crianças.
- Cuidado! Não encostem na sujeira! - avisavam os adultos.

E o cocozinho, sozinho, passava o tempo cantando, triste:
Sou um pobre cocozinho
Tão feinho, fedidinho
Eu não sirvo para nada
Ninguém quer saber de mim...

De vez em quando ele via uma criança e torcia para que ela chegasse
perto dele, mas era sempre a mesma coisa:
- Olha a porcaria! - repetiam todos.
Não restava nada para o cocô fazer, a não ser cantar baixinho:

Sou um pobre cocozinho
Tão feinho, fedidinho...

Um dia ele viu que um homem se aproximava;já imaginando o que ia acontecer, o cocozinho se encolheu."Mais um que vai me xingar", pensou. Mas... Oh! Surpresa! O homem foi chegando, abrindo um sorriso, e seu rosto se iluminou:
- Mas que maravilha! Que belo cocô! Era exatamente disso que eu precisava.O cocô nem acreditava no que estava ouvindo. Maravilha, ele? Precisando?
Aquele homem devia ser maluco!Pois aquele homem não era maluco, não. Era um jardineiro.
E, usando uma pá, com todo o cuidado, ele levou o cocozinho para um lindo jardim.
Ali, acomodou-o na terra, ao pé de uma roseira. E, depois de alguns dias, o cocozinho percebeu, feliz e orgulhoso, que, graças a sua força, a roseira tinha feito brotar uma magnífica rosa vermelha, bela e perfumada.
Quem é quem?
Rosane Pamplona, autora deste conto, foi professora de Língua Portuguesa em várias escolas e universidades. Atualmente escreve livros, conta histórias e forma professores.

Biry Sarkis faz ilustrações há 16 anos e já publicou dez livros. Trabalha regularmente para a revista Recreio, da Editora Abril.

Curiosidades Literárias



CURIOSIDADES LITERÁRIAS (pescadas da página "Fios Dourados da História"

A ORIGEM DOS CONTOS DE FADAS:"A BELA ADORMECIDA"

As histórias contadas as crianças eram apimentadas, com cenas fortes e violentas, até que alguns séculos depois, surgiram alguns escritores como Perrault e posteriormente os Irmãos Grimm que começaram a pegar essas histórias contadas oralmente pelo povo e começaram a modificar o enredo para transforma-las em histórias realmente infantis, os famosos contos de fadas com finais felizes como conhecemos hoje em dia.

Em relatos franceses e espanhóis do século 14 ao 16, os detalhes
de A Bela Adormecida arrepiam. O príncipe encantado já é casado e viola a princesa durante o sono. Ela tem dois filhos com ele, ainda dormindo, e é despertada não por um beijo, mas pela mordida de um dos filhos enquanto os amamenta. A sogra do príncipe descobre tudo e tenta matar e comer a princesa e as crianças bastardas.
No início do século 17, o italiano Giambattista Basile escreveu a Pentameron, com sua versão para A Bela Adormecida, intitulada O Sol, a Lua e a Tália. A princesa chamava-se Tália, e seus filhos Sol e Lua. Ela dorme após espetar o dedo, e é acordada quando o filho suga a farpa. A versão se assemelha à da tradição oral, com a diferença de que é a esposa do príncipe que manda matar a princesa. Já no fim do século 17, em Contos da Mamãe Gansa, Perrault publica A Bela Adormecida no Bosque, em que um príncipe, belo e solteiro, desperta a princesa. A versão popular hoje é dos irmãos Grimm, do século 19. A princesa pica o dedo no fuso, dorme cem anos e acorda com um beijo do príncipe encantado.

O filme da Disney foi lançado em 1959 e é baseado na versão de Perrault. A maior parte da trilha sonora do filme são adaptações das canções do balé de Tchaikovsky.

Abaixo segue a versão do italiano Giambattista Basile:

"Uma farpa de linho entra sob a unha da princesa Tália e ela imediatamente cai morta. O rei coloca sua filha em uma cadeira de veludo do palácio, tranca e parte para sempre, pra apagar a lembrança de sua dor. Algum tempo depois, um príncipe que estava por ali caçando, encontra Tália. Ele apaixona-se por sua beleza mas como não consegue acordá-la, a estupra e vai embora. Nove meses depois Tália dá a luz a gêmeos, Sol e Lua, mas continua adormecida. Um dia um dos bebês não encontra seu seio para mamar e coloca a boca no dedo da mãe e suga. Suga com tanta força, que extrai a farpa e faz despertar.

Um dia o príncipe lembra de “sua aventura” com Tália e resolve ir visitá-la. A esposa do rei descobre o caso e manda cozinhar as duas crianças e serví-las para o rei. Mas o cozinheiro prepara cabritos no lugar. Depois a rainha manda buscar Tália para lançá-la ao fogo, mas o p príncipe chega e lança a própria esposa no lugar de Tália. Ele casa-se com Tália e vive com ela e seus filhos..."

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

CURSOS NA CALEIDOS


CURSOS PARA O 1o. SEMESTRE 2013 Linguagem da Dança 
    para profissionais, às 4as, 19-20.30h
    para interessados em geral, às 5as, 18.30-20h
 
    Curso prático de improvisação, composição e fruição da 
    dança contemporânea a partir dos princípios desenvolvidos por Rudolf
    Laban e proposta metodológica da Dança no Contexto de Isabel Marques. 

    C
urso semestral
    Valor mensal: R$200,00
    (R$ 180,00 + plano de desmonetarização*) *leia abaixo
    Início dias 06 e 07 de março de  2013

Dançando na Escola 

   para professores, às 3as, 18.30-20h
   possibilidade de formação de turma às 6as, 8.30 sob demanda

   
Curso teórico/prático de formação permanente para professores que
   ensinam dança em escolas formais, ONGs e projetos governamentais. A
   partir de práticas reflexivas de dança com os professores serão discutidas
   situações de sala de aula que dizem respeito a processos de ensino e
   aprendizagem da dança no ambiente escolar. Esse curso terá como polo
   irradiador a proposta metodológica da Dança no Contexto desenvolvida por
   Isabel Marques.
   Valor mensal: R$200,00
      (R$ 180,00 + plano de desmonetarização*) *leia abaixo
   Professores da rede pública: R$140,00 (mensais)
       (R$120,00 + plano de desmonetarização*) *leia abaixo
  Início dia de 05 de março de 2013

- Dança, teatro, música, poesia para/com crianças
  aos sábados, programação divulgada mensalmente
   horário: 10 às 12h
   faixa etária: 7 a 10 anos
 
PLANO DE DESMONETARIZAÇÃOO Caleidos está praticando a desmonetarização. Isso significa que uma parte do investimento em nossos cursos pode ser realizada por meio de outros valores que não o monetário. Esses "outros valores" não precisam ser a exata proporção do desconto transformado em algum objeto/mercadoria. A ideia é desvincular a possibilidade de troca da relação monetária, uma espécie de escambo ( ex-câmbio ), por exemplo: vasos de planta, detergentes, incensos, enfeites, desinfetantes, papel sulfite, algo produzido pela própria pessoa, óleo de peroba, pó de café, lustra móveis, pano de prato, objetos usados e interessantes, esponja de pia, caixa de chá, perfex, pano de chão, latas bonitas etc. são possibilidades de "completar" o pagamento sem o uso de dinheiro, é importante que seja repetido: não há necessidade de relação direta e aritmética entre o desconto e o objeto/mercadoria trazido, interessa aqui é desmonetarizar e relação de troca. Tampouco nos interessa o raciocínio de "ajudinha" ou "doação", pelo contrário, interessa-nos mais a desvinculação monetária e a redescoberta de outros valores.
No entanto, sempre haverá a possibilidade de se pagar com dinheiro o valor do complemento. 


informações, inscrições e reservas pelo e-mail
caleidos@caleidos.com.br
conheça Isabel Marques e Fábio Brazil 



***Mais informações no endereço abaixo:
http://www.caleidos.com.br/home.html 


sábado, 16 de fevereiro de 2013

CONTANDO HISTÓRIA NA BIBLIOTECA COMUNITÁRIA EJAAC

Sábado, dia 16/02/13, na Biblioteca Comunitária EJAAC, a Contadora de História Maria Maranhão estará abrindo espaços para novas viagens de crianças, adolescentes e adultos, pelos contos populares do Brasil. A história da "Menina Enterrada Viva" (Câmara Cascudo) e "A Piriquita e o Cachorro do Mato" (Ricardo Azavedo) fazem parte do repertório que a Contadora carrega na mala de Histórias. A Bibloteca Comunitária EJAAC, que fica na Rua Luar do Sertão, 7 - Sala 6, Capão Redondo, realiza um trabalho diário de aproximação de Crianças, Adolescentes e Adultos, com a leitura.
 
Postado por Maria Maranhão

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ACONTECEU NA PUC



O Curso de Verão acontece à 26 anos na PUC-SP. É um espaço onde educadores de diferentes áreas de conhecimento, jovens e adultos, instituições engajadas, e outros... se encontram para vivenciar a experiência do mutirão, da festa, do aconchego e das escolhas libertárias na comunhão de ideias e de sonhos possíveis para si mesmos e para o mundo.“Sonhar mais um sonho” é o que fazemos todos os anos ao lado do nosso grande anfitrião, o CESEEP, com a paticipação da maior instituição parceira do mutirão - a PUC-SP, os parceiros oficineiros , e a sempre inovadora rede “Arte com Criança”.

A Oficina “ Contando Histórias” da Rede Arte com Criança mais uma vez possibilitou afetações importantes para o despertar da escuta sensível, do olhar aguçado para minúcias da infância. Exercícios sensoriais enriqueceram as vivências e proporcionaram momentos inesquecíveis para os participantes, que vieram de diferentes lugares do Brasil. A cada ano a Oficina apresenta novos elementos que possibilitam diferentes aprendizagens, desencadeando processos de pesquisa no campo das narrativas que capturam ouvidos de crianças, jovens e adultos, incluso(*), as contribuições que favorecem a formação de mais e mais contadores de histórias nas comunidades, nas escolas, nas igrejas, nas praças, nas ruas, pelo mundo afora.


(*Bibliografia)

Arte-Educadora e Contadora de Histórias Maria Maranhão

CCBB AJUDANDO A DAR ASAS À IMAGINAÇÃO


Bicho  do Mato c/ Tapetes Contadores de Histórias
III Festival de Contadores de Histórias do CCBB Educativo São Paulo
23 e 24 de fevereiro | Sábado e domingo – 11h às 17h.
Quem não gosta de ouvir uma boa história? Contar e ouvir histórias são uma maneira diferente de existir neste agitado tempo contemporâneo. Uma boa história é um momento de encontro entre quem ouve e quem conta, onde é possível ser parte da fantasia e viver aventuras ao lado de reis, feiticeiros, gigantes, princesas, heróis. É uma rara oportunidade de abrir uma fresta para as terras da ficção. Neste III Festival de Contadores de Histórias do CCBB Educativo São Paulo são apresentados espetáculos que mesclam a linguagem da narração com a música, teatro, dança, bonecos e Libras.

CCBB: Telefones: (11) 3113-3651/52